Divino, Ademir da Guia.
Um jogador que atuava com classe e habilidade! É assim que começo o post sobre Ademir da Guia. Muitas pessoas acham que o maior ídolo do Palmeiras é o goleiro Marcos, concordo que o goleiro é um dos ídolos Palmeirenses e que já teve momentos decisivos com o clube, mais tenho certeza que o maior ídolo de toda a historia do time é, o “Divino” que vestiu a camisa por mais ou menos 16 anos, e não é a toa que tem um busto de bronze nos jardins do estádio Palestra Itália.
Vamos relembrar os momentos mais marcantes da historia desse grande craque.
Os torcedores do Palmeiras só são capazes de ser unânimes em duas coisas na vida: o ódio ao Corinthians e no amor ao jogador que conquistou diversos títulos para time.
Ademir da Guia é filho do zagueiro brasileiro Domingos da Guia, chamado de “O Divino Mestre”, considerado um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro. O clube que revelou o jogador foi o Bangu-RJ e em 1961 veio para a cidade de São Paulo jogar pelo Palmeiras.
Com Ademir da Guia e outros jogadores começava a ser formada a maior equipe da história do Palmeiras. A “Academia”, (apelido que foi dado às equipes que marcaram o clube nas décadas de 1960 e 1970). Como maestro, Ademir regia o meio campo ao lado de seu grande amigo Dudu. Costumava-se dizer que Ademir da Guia não corria em campo, mas desfilava tal era a elegância de suas passadas.
Os brasileiros falam bastante da era Pelé, mais o que poucos lembram é que em meio a essa “Era”, só o Palmeiras de Ademir conseguia beliscar títulos. Foi assim em 1963 e 1966. Quando o Santos perdeu fôlego, o Palmeiras se tornou o melhor time do Brasil.
Seu ápice ocorreu em 1972 onde conquistou diversos títulos pelo Verdão. Foi campeão Brasileiro e no mesmo ano eleito o melhor jogador da competição.
Em 16 anos, foram inúmeros títulos. Entre os mais importantes, 5 vezes campeão paulista (1963, 66, 72, 74 e 76), 2 vezes campeão do Robertăo (1967, 69), campeão da Taça Brasil (1967), Torneio Rio São Paulo (1965) 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 73).
Habilidoso, inteligente, possuía a virtude de manter a calma e a serenidade nas horas difíceis. Seu toque de bola era refinado e seu arremate preciso, embora preferisse dar a assistência em vez de fazer o gol.
Apesar de um enorme talento e diversas qualidades o jogador não teve grandes atuações pela Seleção Brasileira, atuou apenas 12 vezes. Quem presenciou seu estilo de jogar e hoje vê a atual seleção não acredita que um jogador de tal nível foi pouco aproveitado. Sua primeira chance apareceu apenas em 1965. Sob o comando de Vicente Feola, foi titular da seleção em 3 partidas amistosas (vitórias de 5 a 1 sobre a Bélgica e 2 a 1 sobre a Alemanha e empate em 0 a 0 contra a Argentina). Na Copa de 74, apesar de estar no auge de sua forma física e técnica, mesmo aos 33 anos, não ficou nem no banco de reservas em todas as partidas-exceto na disputa do terceiro lugar contra a Polônia. Apesar de não ter uma historia com a seleção Ademir garante que não é frustrado por não ter tido muitas chances e garante que isso fez com que ele se aprimorasse mais, a cada dia.
Ademir da Guia é o recordista de partidas com a camisa alviverde, com 901 jogos entre 1961 e 1977, e considerado por muitos o maior jogador da história do clube do Parque Antártica. Nos 16 anos em que vestiu a camisa 10 da equipe, o meio-campista marcou 153 gols – é o 3 maior goleador da história Palmeirense, atrás apenas de Heitor (284) e César Maluco (180).
Porem o destino não reservou uma despedida alegre para Ademir, seu último jogo foi uma derrota por 2 a 1 contra o Corinthians em novembro de 1977. Ademir só jogou meio tempo, pois já se encontrava com problemas respiratórios. Saiu no intervalo e nunca mais voltou. A despedida oficial, no entanto, ocorreu 7 anos depois, em 23 de janeiro de 1984, em um jogo com amigos.
Hoje, dá aulas em escolinhas de futebol. Mantém o mesmo estilo que os torcedores do Palmeiras conhecem muito bem.
Para aqueles que desejam saber mais da historia do jogador fica aqui uma dica: O jornalista Kleber Mazziero de Souza, que escreveu sua biografia intitulada “Divino – A vida e a arte de Ademir da Guia”.
Deixe seu comentário! Dúvidas, críticas ou sugestões enviem para o email: futesalto@gmail.com ou mande um twit para @futesalto
@karoldayane